151 Fundação de Serralves – Relatório e Contas 2023 Figura importante no panorama artístico português, António Barros (Funchal, 1953) afirmou-se não só no campo das artes plásticas, como também no panorama da escrita experimental e da performance em Portugal. A obra do artista, reconhecível pela sua linguagem visual depurada e incisiva, veicula uma atitude crítica em relação ao contexto artístico e social, entrosando o discurso poético com o político. António Barros redefine os conceitos de texto e de objeto artístico, justapondo a poesia visual a objetos de uso quotidiano e propondo uma construção do espaço e do objeto enquanto transformadores da perceção e da sociabilidade. Esta mostra da Coleção de Serralves no Palácio da Bolsa reuniu algumas das obras mais emblemáticas do artista que marcaram o início do seu percurso no final da década de 1970, apresentando-se um conjunto de poemasobjeto que revelam um ímpeto de libertação particularmente significativo no contexto pósrevolucionário em que surgiram, mantendo ainda hoje a sua relevância e atualidade. CAVES DE FERREIRA, VILA NOVA DE GAIA Ana Léon e Ricardo Jacinto: Obras da Coleção de Serralves 23 JUN – 29 OUT Assinalando a parceria de longa data entre a Fundação de Serralves e a Sogrape, as Caves Ferreira acolheram a apresentação de um conjunto de obras da Coleção Serralves de dois artistas portugueses de gerações distintas, Ana Léon (Lisboa, 1957) e Ricardo Jacinto (Lisboa, 1975). Enquanto a prática artística de Ricardo Jacinto cruza escultura, som e performance em instalações que reequacionam a perceção dos espaços onde se inserem, Ana Léon desenvolve a sua prática artística entre o desenho, e o filme de animação, meios de expressão autónomos que encontram cruzamentos pontuais.
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