88 Fundação de Serralves – Relatório e Contas 2022 No Ténis do Parque de Serralves, vastidão contou com a participação de múltiplos performers que ocupando e dinamizando as diagonais deste local numa ação corporal convertida em dança, engendraram um intrincado jogo cinético, onde aproximações e distanciamentos, acréscimos e subtrações fizeram encontrar o plano e experiência, controlo e empatia sobre as diferentes características e particularidades deste espaço. Luciana Lara “Paisagem em Linha” | 24 ABR 2022 | Hall do Museu No Hall do Museu de Arte Contemporânea, a performance Paisagem em Linha, apresentou as linhas e contornos abstratos de uma paisagem. Inspirada no relevo escarpado da Serra da Mantiqueira (Brasil) a coreógrafa Luciana Lara, propôs uma fabulação arquitetónica do mundo natural, onde múltiplos performers convidaram o visitante a re-experienciar sensorialmente esta paisagem. Joana Castro “Darktraces: On Ghosts and Spectral Dances” 23 ABR e 01 MAI 2022 | Auditório de Serralves A performance/instalação Darktraces, é um projeto da autoria de Joana Castro sobre temas como a morte, o fim dos corpos, dos lugares e dos tempos. Ativa no Auditório do Museu de Serralves, a apresentação desta peça procurou explorar as infinitas possibilidades do corpo enquanto objeto performativo que desafia as normas, os limites e que traz consigo linguagens, discursos individuais e contextualizados, mas que pretende ser global, político e artístico. Ciclo “Vera Mantero: O que a minha Dança diz” Coreógrafa, performer, investigadora e referência incontornável a dança contemporânea, Vera Mantero tem o seu percurso intimamente ligado a Serralves e à programação do Museu desde a sua abertura ao público. O corpo de trabalho de Mantero, amplamente reconhecido e com mais de 30 anos de criação, espelha influências filosóficas, científicas, políticas, literárias e das artes visuais que perpassam as suas performances, filmes, conferências dançadas e ensaios críticos. O Museu de Serralves dedicou-lhe entre junho de 2022 e maio de 2023 um Ciclo desenhado como uma publicação imaterial, organizado em capítulos e estruturado sobre os conceitos, as qualidades e as possibilidades de expressão que singularizam a dança de Mantero: improvisação, voz, movimento, escrita, pensamento e prática colaborativa. O programa inaugurou com a apresentação de três solos, criados entre 1991 e 1996, aqui reunidos num único programa representativo do pioneirismo da sua dança e comprometimento com a arte (universal), a criação (a sua, na relação com os outros) e a política (a nossa e a global). Dança Contemporânea: Vera Mantero 05 JUN 2022 | Auditório de Serralves “uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings*”, (1996) “Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois”, (1991) “Olympia” (1993) Performance de Vera Mantero. Escultura de ferro e desenho de Rui Chafes. “Comer o coração” 20 JUL 2022|18 SET 2022 A colaboração artística e a transdisciplinaridade são qualidades da obra de Vera Mantero reconhecidamente presentes no seu percurso. A artista defende a partilha artística experimental, ressonante e aberta a um diálogo disciplinar “especializado no todo”, recusando aceitar a sua
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