Relatório & Contas 2022

85 Fundação de Serralves – Relatório e Contas 2022 Artes Performativas Transdisciplinar e representativa da mais recente criação contemporânea, a programação de Artes Performativas continuou a repartir-se por grandes áreas disciplinares: as diferentes vertentes da nova música e da experimentação sonora, a dança contemporânea e a performance, além da habitual edição do JAZZ NO PARQUE. Destacam-se os pontos fortes como a apresentação do projeto performativo duracional que incluiu a instalação site specific “SHELF LIFE”, na Casa de Serralves, do artista e performer ADAM LINDER, um trabalho singular e coeso que propôs refletir como um corpo coreográfico plural e de recursos finitos reage ao tempo e espaço museológico e o Ciclo alargado e dedicado à obra iconoclasta e interrogativa de VERA MANTERO, uma das coreógrafas mais fascinantes e protagonistas da dança portuguesa. A programação de música estendeu-se a vários campos que vão das margens desafiadoras da música eletrónica herdeira da música de dança, no caso de BEATRICE DILLON, passando pelos caminhos mais recentes e inquietos da pop exploratória com DESIRE MAREA, a nova composição contemporânea pelas mãos do jovem ensemble em residência ARS AD HOC e os seus cruzamentos transdisciplinares, no caso do convite para uma colaboração inédita entre SÉBASTIEN ROUX e CATARINA MIRANDA. Destaque ainda para uma programação intimamente ligada às exposições do Museu de Arte Contemporânea com performances históricas e peças eletroacústicas de CHRISTINA KUBISCH e um programa contínuo de ativações musicais das obras integradas na exposição de TAREK ATOUI. Da programação estruturante salienta-se a 7ª Edição do O Museu como Performance, centrado na importância crescente da Performance na arte contemporânea e na sedimentação da história de Serralves como lugar incontornável do cruzamento entre as artes visuais e as artes performativas.

RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ0Mg==