239 Fundação de Serralves – Relatório e Contas 2022 Estruturante na missão e dinâmica da programação de Serralves, o Museu de Arte Contemporânea continuará a apresentar alguns dos mais consagrados artistas internacionais do século XXI: a dupla de Porto Rico, Allora & Calzadilla, na sua primeira grande apresentação na Europa; a exposição A Arquitetura segundo Dan Graham proporcionará uma oportunidade única de apreciar a arquitetura moderna e contemporânea pelos olhos deste artista recentemente desaparecido, um dos mais reconhecidos do nosso tempo. Serão ainda apresentadas as obras da fotógrafa indiana Dayanita Singh, da jovem canadiana Kapwani Kiwanga e da portuguesa Carla Filipe, numa exposição que se estenderá das galerias do Museu ao mezanino da Biblioteca. O fotógrafo português António Júlio Duarte e o influente artista colombiano Oscar Murillo darão corpo ao eixo de programação Projetos Contemporâneos, focado na experimentação e nos novos projetos artísticos. Numa grande apresentação no Parque e na Casa, Serralves dará palco a um dos escultores mais influentes e reconhecidos do século XX, Alexander Calder. Esta exposição – resultante de uma parceria com o Musée National d´Art Moderne, Centre Georges Pompidou – apresentará algumas das obras mais importantes deste grande artista. Ainda na Casa de Serralves voltaremos a apresentar a Coleção Miró numa nova exposição que colocará a obra de Joan Miró em diálogo com as obras de Alexander Calder, artistas cujo encontro representa uma das amizades artísticas mais férteis e um dos diálogos visuais mais sustentados do século XX. Merece também destaque a publicação de um catálogo raisonné que aprofundará o valor e importância da Coleção Miró à guarda da Fundação de Serralves. A Coleção de Serralves será objeto de duas exposições no atual espaço do Museu. Uma primeira, pensada na perspetiva do seu panorama histórico, reunindo uma seleção de obras da Coleção do Banco Privado Português, que a partir de agora ficará depositada em Serralves na sua integralidade, e uma segunda, referente às aquisições e doações mais recentes da Coleção de Livros de Artista de Serralves, uma das mais importantes do género a nível internacional. No novo edifício que ampliará o Museu de Arte Contemporânea, serão apresentadas a partir de agora, e como já referido, exposições dedicadas à Coleção de Serralves – que estará assim exposta em permanência – e à Arquitetura. Constituído por três pisos (uma cave e dois pisos de exposição), o Edifício Poente vem acrescentar 40% de área expositiva e quase 70% da área de reservas, permitindo apresentar uma narrativa inédita sobre a arte contemporânea portuguesa, relacionando-a com artistas e movimentos internacionais que a contextualizam e com ela dialogam. Este é o desafio que nos continua a animar e que neste novo edifício encontrará mais espaço de realização. Histórias Anagramáticas será a exposição inaugural da Coleção na Ala Poente do Museu de Serralves, relendo um acervo privilegiado para dar a ver as transformações da arte nos últimos 60 anos e fundamentar as suas respostas criativas futuras. Também a inaugurar o espaço, será apresentada uma exposição de arquitetura dedicada ao seu autor, Álvaro Siza, que partirá do conceito de museu enquanto inspiração: Museu - Musa. A Coleção de Serralves continuará a ser mostrada por todo o país, num intenso programa também integrado por iniciativas organizadas pela Casa do Cinema e pelo Parque de Serralves. No que respeita a coproduções internacionais, em 2023 Serralves estará presente no Museum Villa Stuck, em Munique com a exposição de Dayanita Singh, no MUDAM do Luxemburgo, com essa mesma exposição e com a mostra de Tarek Atoui, que também viajará até ao MCA Austrália, e na ilha de Príncipe, com a exposição Reservas da Biosfera. O programa de artes performativas apresenta Ana Borralho & João Galante, Davis Freeman, Vera Mantero, Ryoji Ikeda e João Fiadeiro, entre muitos outros, a 9.ª edição de O Museu como Performance, a participação no Festival DDD - Dias da Dança, e a 32.ª edição do Jazz no Parque, materializando a transdisciplinaridade da contemporaneidade artística em áreas como a dança, a música experimental e a performance.
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