149 Fundação de Serralves – Relatório e Contas 2022 mesma família de atores, de que resultou uma das comunidades fílmicas mais reconhecíveis do cinema português. Partindo do acervo documental de Manoel de Oliveira, integralmente depositado na Fundação de Serralves, a exposição colocou em diálogo diversos materiais de trabalho (guiões, correspondência, fotografias de repérage e de rodagem, recortes de jornal, entre outros documentos) e excertos de filmes representativos do modo como o realizador retratou diferentes comunidades. DESOBEDIÊNCIA CIVIL, O CINEMA DA INSURREIÇÃO CAC – Centro de Artes e Criatividade, Torres Vedras 18-26 NOV 2022 Este ciclo de cinema, intitulado Desobediência Civil: o cinema da insurreição, apresentou uma seleção de títulos onde estas reflexões são centrais do ponto de vista formal, temático e narrativo. O cinema, arte popular por excelência, dialogou intimamente, desde a sua génese, com a tradição do burlesco, nomeadamente na mediação dos espetáculos de variedades e na lógica das atrações. Muito do cinema moderno afirma-se, exatamente, pela atualização dessa força disruptiva que se encontra no cinema primitivo. Os filmes que constituem este programa, oriundos de diferentes contextos culturais e momentos históricos, participam desta genealogia oferecendo retrospetivamente uma panorâmica sobre as traduções fímicas desse regime de exceção que é o carnavalesco. Organizado entre dois fins de semana, este programa, pensado a partir da relevância social, histórica e cultural do Carnaval de Torres Vedras e especialmente concebido para ser apresentado no CAC – Centro de Artes e Criatividade e em diálogo com os seus espaços expositivos, conta com quatro filmes representativos daquilo a que se pode chamar um cinema da insurreição. Todas as sessões contarão com a apresentação por um convidado e serão acompanhadas pela edição de uma brochura contendo textos de análise e contextualização dos filmes programados, havendo ainda sessões especificamente orientadas para um público escolar. La Grande bouffe, Marco Ferreri, 1973, com apresentação de Ricardo Vieira Lisboa|18 NOV Multiple Maniacs, John Waters, 1970, com apresentação de Vasco Araújo|19 NOV A Raiz do Coração, Paulo Rocha, 2000, com apresentação de Regina Guimarães|25 NOV Sedmikrásky, Vera Chytilová, Daisies, 1966, com apresentação de Teresa Vieira|26 NOV Município da Maia - BIODIVERSIDADE URBANA NA MAIA Quinta dos Cônegos, Maia DEZ 21 – JUN 22 Numa parceria entre a Fundação de Serralves e a Câmara Municipal da Maia, a exposição “Biodiversidade urbana na Maia” procurou comunicar a biodiversidade presente nos espaços urbanos da cidade, através da fotografia e sensibilidade artística do autor Jorge Sarmento – um convite à promoção da literacia do olhar e do conhecimento sobre a fauna e flora locais. Os espaços urbanos constituem paisagens muito complexas, que sustentam uma diversidade de habitat singular, que embora sob a pressão e stress da ação antrópica, acolhem e promovem a biodiversidade, desempenhando funções essenciais e serviços de ecossistemas determinantes para a existência de vida e para a saúde e bem‑estar do ser humano.
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