134 Fundação de Serralves – Relatório e Contas 2022 ANIKI-BÓBÓ - 80 ANOS 05 NOV-18 DEZ 2022 A 18 de dezembro de 1942, estreava no Cinema Éden, em Lisboa, Aniki-Bóbó, a primeira longametragem de Manoel de Oliveira. O filme não teve a receção que se esperava, nem por parte de alguma crítica (que o considerou subversivo), nem por parte do público (que afluiu escassamente às salas para o ver), o que fez com que o realizador tivesse ficado catorze anos sem filmar. De facto, só em 1956 conseguiria realizar o documentário O Pintor e a Cidade e seriam necessárias três décadas para voltar às longas de ficção, com O Passado e o Presente, estreado em 1972. Entretanto, AnikiBóbó adquiriu o estatuto de “clássico”, tendo-se tornado no mais acarinhado e popularizado dos filmes de Oliveira. Isso terá resultado, em grande medida, da trama infantil que adapta o conto de Rodrigues de Freitas, "Os Meninos Milionários", e da escolha dos atores-crianças que o protagonizam. Em 2022 celebraram-se os 80 anos dessa estreia e, para assinalar a data, a Casa do Cinema Manoel de Oliveira propôs um ciclo de cinema que estabeleceu relações entre esse filme seminal da obra de Manoel de Oliveira e a sua obra posterior, bem como serviu para averiguar referências e ecos temáticos com outros autores, colocando-o igualmente em diálogo com o cinema mundial. A 18 de dezembro, dia do aniversário, realizou-se uma sessão especial do filme. Zéro de Conduite, Jean Vigo, 1933|05 NOV Little Fugitive, Ray Ashley, Morries Engel, Roth Orkin, 1953|05 NOV A Caixa, Manoel de Oliveira, 1994|19 NOV O Gebo e a Sombra, Manoel de Oliveira, 2012|20 NOV The Night of the Hunter, Charles Laughton, 1955|26 NOV En Rachâchant, Danièle Huillet, Jean-Marie Straub, 1982|03 DEZ Les Quatre Cents Coups, François Truffaut, 1959|03 DEZ Sciuscià, Vittorio De Sica,1946|16 DEZ Vertigo, Alfred Hitchcock, 1958|17 DEZ Aniki-Bóbó, Manoel de Oliveira, 1942|18 DEZ
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