121 Fundação de Serralves – Relatório e Contas 2022 procurou refletir sobre o modo como o cinema de Oliveira não só representou comunidades (locais, nacionais, culturais, linguísticas, etc.) como foi, ele próprio, gerador de comunidade, nomeadamente, através da construção de uma família de técnicos e artistas que foram transitando de filme em filme. Em junho a Casa do Cinema apresentou a exposição Manoel de Oliveira Fotógrafo na Villa Tamaris – Centre D’art, Métropole Toulon Provence Méditerranée, igualmente no âmbito da Temporada Cruzada Portugal-França, tendo esta mesma exposição seguido depois para Espanha, onde foi inaugurada em novembro na Filmoteca da Catalunha, em Barcelona. A nível nacional, A Casa do Cinema organizou ainda o ciclo de cinema Desobediência Civil, o Cinema da Insurreição, pensado propositadamente para o CAC – Centro de Artes e Criatividade de Torres Vedras, sob o signo do Carnaval Torreense: um conjunto de quatro sessões de cinema, sempre apresentadas por um convidado, uma sessão para escolas e de formação de educadores e uma publicação especificamente editada para este ciclo. Já na reta final de 2022, a Casa do Cinema aproveitou a efeméride dos 80 anos da estreia de AnikiBóbó (o filme estreou a 18 de dezembro de 1942 no Cinema Éden, em Lisboa), promovendo uma pequena exposição documental no foyer do seu auditório, a que se juntou um ciclo de conversas (com a participação da historiadora Irene Fulsner Pimentel, da programadora Maria João Madeira, e do escritor Valter Hugo Mãe) e um ciclo de cinema (que não só apresentou o filme no dia do seu aniversário, como o contextualizou na história do cinema e dentro da própria filmografia de Manoel de Oliveira).
RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ0Mg==