104 Fundação de Serralves – Relatório e Contas 2022 Documentando a visualidade de construção do arquiteto Álvaro Siza desde finais da época de 1960 até 2000, esta coleção permite observar a evolução da sua obra, e manter um registo fidedigno da espacialidade de construção e áreas envolventes. As fotografias mais antigas desta coleção são da autoria de colegas de Álvaro Siza, nomeadamente Jorge Gigante e António Meneres, e fornecem-nos pistas da relação próxima entre a fotografia e a reconstrução da paisagem cultural portuguesa dos anos de 1950–60. Estas imagens foram produzidas como apoio ao trabalho de projeto e dão-nos a conhecer impressões, pormenores, pistas e sugestões sobre dilemas de conceção e de tomada de decisões. . Este núcleo fotográfico foi na sua maioria digitalizado em 2022, seguindo-se as fases de validação e catalogação, fundamentais para acompanhamento, integração e disseminação. Foram também digitalizados cerca de 5000 documentos, designadamente: correspondência, faturas, esquissos, desenhos rigorosos e desenhos técnicos relacionados com projetos doados em 2015. Depósito Arqt. Álvaro Siza e Arqt. Carlos Castanheira O arquiteto Álvaro Siza e o arquiteto Carlos Castanheira colaboraram intensamente ao longo de mais de 15 anos em projetos de museus, edifícios públicos e privados no continente asiático; confiaram à Fundação de Serralves o depósito de esquissos, maquetas, objetos de design, mobiliário, fotografias e vídeos referentes a inúmeros projetos na China e Japão. Foram incluídas, em 2022, mais 24 maquetes no depósito de projetos dos dois arquitetos, representando uma mais-valia para quem usufrui dos nossos arquivos para estudo, trabalhos de investigação e curadoria de exposições. Arquivo de Mestre Manoel de Oliveira Integralmente depositado na Fundação de Serralves desde 2016, o Arquivo de Manoel de Oliveira reúne um vasto núcleo de documentação, composto por diversos materiais de trabalho — como, guiões, fotografias, textos, desenhos preparatórios e adereços, entre outros —, além de prémios, cartazes, correspondência e de toda a biblioteca pessoal do realizador, o que constitui um precioso instrumento para aprofundar o conhecimento da sua obra, bem como da história do cinema, da arte e da cultura em Portugal nos séculos XX e XXI. Atendendo a questões de preservação da documentação em papel, tornou-se prioritário digitalizar integralmente os arquivos. Dado o enorme volume documental, foi digitalizado em 2022, por uma empresa externa, cerca de 70% do arquivo depositado. Arquivo REAL – João Fiadeiro Na sequência da doação deste relevante núcleo documental para a história da dança em Portugal e não só, a Fundação de Serralves promoveu uma atividade intitulada DES|OCUPAÇÃO. ARQUI(VI)VO DO ATELIER REAL EM SERRALVES, na sala do Serviço Educativo do Museu de Serralves, entre 17 outubro e 6 de novembro de 2022. Durante este período o público teve oportunidade, de ver, sentir e ouvir o percurso multifacetado de João Fiadeiro – uma verdadeira linha do tempo do que foi o seu trabalho desde os anos 1990 até à atualidade.
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