Relatório & Contas 2021

176 Fundação de Serralves – Relatório e Contas 2021 CICLO DE CONVERSAS PLURALIZANDO O ANTROPOCENO II - OUTONO 2021 REIMAGINANDO O FUTURO DO PLANETA NO SÉCULO XXI 22 OUT - 01 DEZ O uso do termo Antropoceno para denominar esta nova era de incertezas antropogénicas crescentes abriu todo um novo campo de conversas multidisciplinares e interdisciplinares sobre as relações dos seres humanos com o ambiente no século XXI, mas também gerou um entendimento monolítico do Antropoceno como uma experiência humana unificada. A segunda temporada de Pluralizando o Antropoceno apresentou um conjunto de reflexões antropológicas por figuras maiores das humanidades e das ciências contemporâneas comprometidas com uma visão mais plural dos debates em redor do Antropoceno e das grandes questões de resiliência, adaptação e luta pela justiça ambiental. “ANTROPIZANDO A TERRA: ONDE É QUE SE ERROU?” COM Philippe DESCOLA | 22 OUT “OLÁ ANTROPOCENO! ADEUS HISTÓRIA AMBIENTAL?” COM Rohan D’SOUZA | 06 NOV “CONTRA O PARADIGMA ESTÉTICO DO ANTROPOSUPREMOCENO” COM Maya KÓVSKAYA | 19 NOV “O ANTROPOCENO E A CULTURA DA DESCARGA” COM Gonçalo SANTOS e Jun ZHANG | 23 NOV “CONTRA O TERRICÍDIO: FAZENDO OS DIREITOS DA NATUREZA PLURIVERSALMENTE” COM Arturo ESCOBAR e Marisol DE LA CADENA | 29 NOV “ATLAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: SOBRE O TEMPO PROFUNDO, O TECIDO PROFUNDO, E O ESPAÇO PROFUNDO” COM KATE CRAWFORD | 01 DEZ CONVERSA “DA MORTE MORRIDA (OU MATADA?) DA CRÍTICA ÀS MIL VIDAS DA AUTO-EDIÇÃO” COM João dos Santos Martins (editor), Ana Bigotte Vieira, Carlos Manuel Oliveira e Joclécio Azevedo 09 JUL A propósito do lançamento da 4ª edição do jornal Coreia, decorreu uma conversa sobre a lenta morte (ou o assassinato) da crítica e as mil vidas da auto-edição. Nesta conversa, mais do que (merecidamente) lamentar o dito declínio da crítica que perde terreno para o jornalismo (de novo e de novo até ao infinito), procurou-se interrogar os modos como este fenómeno, conjugado com as potencialidades Do-it yourself dos novos meios, e a maior formação académica e interdisciplinar dos artistas, tem levado a um renovado interesse pela auto-edição e a publicação de escritos de artistas - o que, por sua vez, estenderá à página, ao site e ao ensaio (escrito ou visual), todo um campo de experimentação crítica, teórica e existencial, ampliando os modos críticos de receção das obras. CONVERSA “NALINI MALANI - UTOPIA!?” Com Nalini Malani, artista, e Ana Mendes, doutorada em Estudos de Cultura e Professora Associada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, apresentada por Philippe Vergne, Diretor do Museu de Serralves 12 JUL Serralves apresentou, pela primeira vez em Portugal, o trabalho da conceituada artista internacional Nalini Malani (Carachi, 1946). Esta exposição ocorreu após a atribuição à artista de uma das mais prestigiantes distinções no mundo da arte contemporânea: o Prémio Joan Miró em 2019. Amplamente conhecida pelas suas pinturas e desenhos, a mostra em Serralves apresentou exclusivamente as suas animações desenvolvidas entre finais dos anos 1960 e a atualidade. Foi no final da década de 1960, numa cena artística indiana dominada por homens, que Nalini Malani

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