Panorama 2025, é colocada a tónica: a palavra que melhor caracteriza a programação do Museu de Serralves em 2025 talvez seja a palavra “deslocamento”, traduzida no interesse por práticas e geografias que questionam o cânone europeu, ocidental seguido por muitas das expressões artísticas contemporâneas. Além de duas exposições de artistas de geografias extraeuropeias – Zanele Muholi e Mounira AL Solh (da África do Sul e do Líbano, respetivamente), organizaremos uma grande monográfica de uma das artistas portuguesas que mais se tem dedicado a uma reflexão critica sobre os efeitos do colonialismo português, trabalhando sobre as expressões visuais (o cinema, particularmente) das lutas pela libertação das suas ex-colónias, Filipa César. Esta tríade de artistas permitirá a Serralves contribuir para a discussão sobre os efeitos dos colonialismos, associadas, principalmente no caso de Zanele Muholi, a questões de identidade e de género. Além destes três artistas, e continuando fora da Europa, apresentaremos exposições da brasileira Cintia Marcele, da norte-americana Avery Singer e da francesa de origens africanas Josefa Nàtjam, bem como, agora entramos em territórios mais próximos, do português Jorge Jácome. Testemunho da multidisciplinaridade que caracteriza Serralves, organizaremos ainda uma grande exposição da
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