PLANO DE ATIVIDADES 2025

043 A programação de Serralves continuará, em 2025, a seguir as diretrizes que nortearam os anos recentes, mas com algumas novidades. Comecemos pelo que se mantém: a aposta em trazer a Portugal nomes consagrados e incontornáveis do contexto artístico atual, a par de artistas emergentes, portugueses e estrangeiros, que proponham reflexões sobre questões candentes dos nossos tempos; a vontade de levar a arte dos nossos dias, através da apresentação da Coleção da Fundação de Serralves, ao maior número possível de públicos em Portugal, independentemente de viverem em grandes centros urbanos – aspiração concretizada através de um ambicioso programa de itinerâncias; a aposta na multidisciplinaridade, através de um programa de artes performativas que propõe reflexões paralelas e autónomas em relação ao programa de exposições; a continuação do colecionismo e da apresentação de livros de artista, garantindo que a extraordinária coleção depositada e consultável na biblioteca de Serralves é expandida e atualizada, mantendo a relevância e singularidade pelas quais é reconhecida internacionalmente; garantir que os muitos depósitos de coleções e de arquivos – de arquitetos (Álvaro Siza), artistas (Julião Sarmento), coreógrafos (João Fiadeiro, Vera Mantero) e colecionadores (Leal Rios, Mário Teixeira da Silva), são adequadamente conservados, estudados e apresentados. O investimento na arquitetura como eixo fundamental da programação de Serralves, através de grandes exposições de arquitetos incontornáveis da atualidade, mas também através de encontros, conversas, conferências com alguns dos mais destacados nomes ligados àquela disciplina; a aposta num serviço educativo que responda às necessidades pedagógicas dos muitos grupos escolares que nos visitam, mas que também organize programas públicos para adultos que ajudem a identificar e expandir as reflexões propostas pelos artistas expostos no museu; a continuidade (e posteridade) e expansão das exposições através de publicações a elas associadas, reconhecidas como marcos nos percursos editoriais dos artistas programados pelo museu; a vontade de ligar o museu ao Parque de Serralves através de exposições que sublinham o interesse crescente dos artistas pelas questões ambientais; continuar a estudar e a apresentar sob perspetivas enriquecedoras a Coleção Miró depositada em Serralves. Esta longa lista, que nem sequer é exaustiva, testemunha a amplitude da ação de Serralves, e o crescimento que a instituição teve nos últimos anos, sem perder de vista aquilo que sempre a singularizou e lhe garantiu um lugar de destaque no contexto das instituições europeias dedicadas à apresentação da arte contemporânea (o caráter multidisciplinar da sua programação, e o destaque dado aos livros de artista são a este respeito fundamentais). Cumpre-me agora falar um pouco sobre aquilo em que, em

RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ0Mg==