033 importante legado do maior expoente do cinema em Portugal e um dos melhores na história do cinema. A programação de Serralves continuou a oferecer muitas iniciativas de reflexão sobre a arte contemporânea, arquitetura, cinema, ambiente e paisagem, destacando-se o colóquio de grande relevância internacional, The Álvaro Siza Talks e os ciclos de conversas Pas de Deux, que, através do diálogo entre artistas e críticos, aprofundaram o entendimento das obras apresentadas na exposição Anagramas Improváveis. Obras da Coleção de Serralves. O programa A Nossa Casa, associado à exposição C.A.S.A. e tendo Álvaro Siza como figura tutelar, incluiu visitas a projetos do arquiteto, nas quais especialistas e proprietários revelaram a essência desses espaços. Temas importantes ligados à sustentabilidade foram centrais nos ciclos Conversas com Ciência e Alimentar uma Causa! O ano de 2024 destacou-se ainda pela cada vez mais relevante colaboração com municípios e outras instituições parceiras fundadoras na apresentação da Coleção de Serralves. No contexto internacional, são de referir as grandes exposições organizadas fora de Portugal: Joan Miró: Imagem, Texto e Signo, no Arkas Art Center, em Esmirna, Turquia; a mostra Rede de Reservas da Biosfera da CPLP, em São Tomé e Príncipe, a exposição Ricochets, no Barbican Center, em Londres; e a exposição complementar da apresentação de Francisco Tropa em Serralves, no Nouveau Museé National de Monaco. Em 2024, Serralves contou com importantes depósitos e doações, que continuaram a valorizar a sua Coleção e Arquivos. Destes, destacam-se as doações do arquivo de Julião Sarmento, um dos artistas portugueses mais reconhecidos e influentes das últimas décadas; do espólio fotográfico de António Mendes, um importante marco na história da fotografia portuguesa; do arquivo fotográfico de Fernando Guerra, um dos mais reconhecidos fotógrafos de arquitetura a nível internacional; e do arquivo de Vera Mantero, notável coreógrafa e performer, bem como o depósito de longa duração da Coleção Mário Teixeira da Silva, s, e da Coleção Duerckheim, uma das mais importantes coleções privadas de arte contemporânea da Europa. Inspirados na arquitetura e perspetiva proporcionada pelas janelas que metaforicamente constituem a génese do diálogo entre a programação do Museu de Arte Contemporânea, da Casa, do Parque de Serralves e da Casa de Cinema Manoel de Oliveira, Serralves entra no novo ano de 2025 sob o lema Janelas para o Mundo. Este mosaico multicultural reafirma o compromisso do Museu de Serralves em apresentar alguns dos mais destacados artistas da contemporaneidade: a artista norte-americana Avery Singer (conhecida por redefinir o futuro da pintura); a libanesa Mounira Al Solh; a sul-africana Zanele Muholi (ativista visual e fotógrafa); a brasileira Cinthia Marcelle; a alemã Anne Imhof e a portuguesa Filipa César (artista multidisciplinar que trabalha entre o cinema e as artes visuais). O artista português Jorge Jácome e a francesa Josèfa Nitjam darão corpo ao eixo de programação, Projetos Contemporâneos. A Coleção de Livros de Artista de Serralves será também destacada na Biblioteca de Serralves através da apresentação das suas aquisições mais recentes. Serão também apresentadas uma grande exposição coletiva internacional e uma exposição do vencedor do Prémio de Fotografia novobanco Revelação 2025, que, neste ano, terá pela primeira vez uma exposição dedicada a um jovem artista internacional. Abrindo uma janela para a sua notável envolvente natural e paisagística, 2025 trará também a palco um dos mais consagrados, influentes e controversos artistas da atualidade, Maurizio Cattelan, que através de uma surpreendente apresentação, colocará em diálogo a Casa e o Parque de Serralves.
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