PLANO DE ATIVIDADES 2025

Exposições Manoel de Oliveira e o Cinema Português O terceiro e último momento do ciclo de exposições Manoel de Oliveira e o Cinema Português centrar-se-á no período que se segue a 1990 e se estende até 2015, ano da morte do realizador. Prosseguindo os mesmos princípios que orientaram as duas etapas precedentes – Manoel de Oliveira e o Cinema Português: 1. A Bem da Nação (março-setembro 2023) e Manoel de Oliveira e o Cinema Português: 2. Liberdade! (abril-novembro 2024), esta exposição colocará os filmes realizados por Manoel de Oliveira nos últimos vinte e cinco anos do seu percurso em diálogo com a conjuntura do cinema português da mesma época. Depois do isolamento que definiu a posição de Oliveira durante o Estado Novo, período em que a recusa de alinhar pelas exigências propagandísticas do regime ou de sucumbir aos facilitismos da comédia ajudam a explicar o reduzido número de filmes que pôde realizar (objeto da primeira exposição); e na sequência, ainda, do aparente desfasamento histórico-político que caraterizou a sua postura nos tempos que imediatamente precederam e sucederam a Revolução de 1974, momento em que a incompreensão a que a sua obra foi votada em Portugal em tudo contrastava com o reconhecimento internacional finalmente alcançado (de que tratou a segunda exposição); a partir da década de 1990, o cinema de Manoel de Oliveira floresceria num ritmo de produção sem precedentes. Com MAI – NOV 2025 efeito, superadas as adversidades e reunidas, enfim, as condições que lhe permitiriam a estabilidade de produção necessária para filmar numa regularidade anual, a obra de Oliveira conheceria o seu período clássico. Contando mais de duas dezenas de longas-metragens, esta é uma fase de maturidade em que o cinema de Oliveira se identifica, tanto em termos formais como temáticos, como um cinema da variação e da reinvenção. Jamais se repetindo, cada novo filme retoma, prolonga e contradiz o anterior. A apropriação de materiais literários, que já vinha de trás, é objeto de todo o tipo de cambiantes, ao mesmo tempo que convive com a realização de filmes a partir de argumentos originais; a interrogação crítica do presente em todas as suas dimensões (sociais, políticas, económicas), o interesse pela História e o questionamento do país não excluem um crescente foco autobiográfico, uma reflexão acerca da passagem do tempo, da oposição entre o perene e o transitório e, inevitavelmente, um olhar sobre a velhice. A exposição terá curadoria de António Preto e de João Mário Grilo e será acompanhada pela terceira parte do ciclo de cinema Manoel de Oliveira e o Cinema Português, uma programação que propõe uma panorâmica pelo cinema português deste período (1990-2015), bem como pela edição da terceira parte do catálogo, desta feita composto por 2 volumes. 3. Ontem como Hoje (1990-2015)

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