PLANO DE ATIVIDADES 2024

041 a obra de um dos mais influentes artistas das últimas décadas e, por outro lado, para refletir sobre a relação da arte contemporânea com a educação – reflexão que servirá de mote para um conjunto de atividades pensadas pela direção artística do museu em estreita colaboração com o seu Serviço Educativo. Para concluir a importante questão das articulações entre artistas portugueses e estrangeiros, entre diferentes gerações e entre modos diversos de realização, comunicação e perceção da arte (que compreende frequentemente a invenção de novos modelos e de novos usos para velhos espaços), devo referir ainda a importante e distintiva relação entre as equipas que compõem a direção do Museu de Serralves. Curadores, programadores do Serviço de Artes Performativas, coordenação e produção do Serviço Educativo, responsáveis pela Biblioteca e Arquivos, todos trabalham em equipa, frequentemente envolvidos nos mesmos projetos. É o caso da exposição inaugural da extensão do Museu – em que a atenção às artes performativas, à coleção de livros e edições de artista de Serralves e aos arquivos depositados na Biblioteca de Serralves, e à componente educativa contribuíram para definir desde o início o modelo expositivo; mas também se aplica, este trabalho conjunto, a todas as exposições organizadas por Serralves (basta pensarmos na mostra dedicada ao 25 de Abril para percebermos a importância da performance e de momentos dedicados à reflexão!). No caso do Serviço de Artes Performativas, refira-se ainda que, além de um trabalho em estreita relação com a programação de exposições (em que se apresentam concertos e performances eminentemente relacionados com as propostas dos artistas expostos nas galerias do Museu; um exemplo paradigmático será a exposição de Francisco Tropa), existe uma programação autónoma das exposições, em que cabem propostas experimentais e transdisciplinares, muitas vezes incompatíveis com classificações disciplinares e com a apresentação em espaços e modelos convencionais. Destaque-se a este propósito o programa anual O Museu como Performance, que apresenta em 2024 a sua décima edição (mais um motivo de celebração!) e que traz a Serralves objetos inclassificáveis, entre música, dança, performance e artes visuais, mostrados em espaços surpreendentes (além das galerias e do Auditório do Museu, já se apresentaram, por exemplo, propostas na garagem, em diversos espaços do Parque, da Casa de Serralves e da Casa do Cinema Manoel de Oliveira, etc.), tornando-o um acontecimento incontornável no contexto das artes performativas em Portugal e um exemplo paradigmático da utilização de espaços espoletada pelo privilégio de programar num espaço físico com as características de Serralves. Mais destaques da programação do Serviço de Artes Performativas serão a já habitual apresentação de artistas integrados no Festival Dias da Dança (Inês Campos e Jefta van Dinther), um ciclo dedicado à coreógrafa e bailarina portuguesa Teresa Silva, a apresentação de uma criação musical fruto da colaboração entre o artista português Silvestre Pestana

RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ0Mg==