João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira (Lisboa, 1976; Torres Vedras, 1973) e uma exposição da jovem artista portuguesa Sara Bichão (Lisboa, 1986) – esta última no contexto dos Projetos Contemporâneos, em que também apresentaremos (mais um exemplo da relação promovida entre diferentes origens geográficas) pela primeira vez em Portugal o trabalho plástico do porcá-exclusivamente-conhecido-enquanto-músico artista norte-americano com ascendência venezuelana Devendra Banhart (Houston, Texas, 1981). Estas exposições, apesar da diversidade de temáticas que exploram – da arte sem outro propósito que não a própria arte (Francisco Tropa) à relação entre práticas artísticas e uma crítica da história recente de Portugal, em que se incluem análises do colonialismo e dos “bons costumes” portugueses (João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira) – têm vários fios comuns, que passam pela importância da manualidade, da promoção de encontros encantatórios com formas e matérias (já alguém apelidou Sara Bichão de “respigadora de esculturas”), a atenção ao formato expositivo (a indistinção entre a apresentação do objeto artístico e a invenção de uma cenografia (ou a exposição como espaço de interatividade),, a invocação de autores, culturas e mitos antigos para o presente (casos de Francisco Tropa e Devendra Banhart). Por último, destaque-se a importante exposição do artista belga Francis Alÿs, ancorada na sua ampla pesquisa sobre jogos infantis, que constituirá uma oportunidade para, por um lado, dar a conhecer ao vasto público de Serralves PANORAMA
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