233 atualidade, nomeadamente dos valores políticos e sociais que definem a Europa de hoje. No caso do filme de Manoel de Oliveira, a viagem de barco rumo a Bombaim serve de pretexto para evocar os Descobrimentos portugueses, aproveitando a passagem por alguns dos portos mais emblemáticos do Mediterrâneo (Marselha, Nápoles, Pompeia, Atenas, Cairo e Istambul) para discorrer sobre os feitos e trocas civilizacionais dos povos que, desde há séculos, habitam a região. Quanto ao filme de Godard, faz embarcar o filósofo francês Alain Badiou e a cantora americana Patti Smith a bordo de um cruzeiro por algumas das paragens que já havíamos visto no filme de Oliveira, designadamente, o Egipto, a Palestina, Odessa, a Grécia, Nápoles e Barcelona, para falarem sobre história, dinheiro e geometria, além de discutirem as origens antigas da Europa e os desafios que se colocam ao velho continente. Esta exposição, a primeira de Godard em Portugal, terá curadoria de Fabrice Aragno e António Preto e será acompanhada de uma ampla retrospetiva da sua obra cinematográfica e pela edição de um catálogo.
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