PLANO DE ATIVIDADES 2024

Jean-Luc Godard Jean-Luc Godard é não só um dos nomes mais importantes da Nouvelle Vague francesa, como também um dos cineastas mais reconhecidos e influentes de todos os tempos. Com uma obra composta por mais de 60 filmes, multiplamente premiados nos principais festivais de cinema internacionais (Festival de Cannes, Berlinale, Festival de Veneza, além do Oscar honorário obtido em 2010 pelo conjunto da sua carreira), obra que foi igualmente objeto de retrospetivas em instituições tão respeitadas como a Cinemateca Real da Bélgica (em 1985), o Centro Georges Pompidou (em 2006) ou a Cinemateca Francesa (em 2020), entre outras, Godard é um dos mais consagrados realizadores do cinema europeu contemporâneo. Depois da exposição Voyage(s) en utopie. À la recherche d’un théorème perdu, apresentada em 2006 no Centro Georges Pompidou, em Paris, e da instalação do Estúdio do cineasta na Fundação Prada, em Milão, em 2016, esta nova exposição pretende demonstrar a pertinência, a atualidade e o alcance daquele que foi, sem dúvida, um dos maiores inventores de formas do nosso tempo, sendo também, inquestionavelmente, um dos autores mais determinantes de toda a história do cinema. OUT 2024 – ABR 2025 A exposição que agora se apresenta deverá desdobrar-se em dois polos. O primeiro incidirá no conjunto de filmes que Godard dedicou à(s) História(s) do Cinema, mais concretamente à revisitação dessa história que o realizador leva a cabo no filme Le Livre d’image (2018). À semelhança da instalação recentemente apresentada na Ménagerie de Verre, em Paris, esta parte da exposição terá um caráter eminenemente imersivo, integrando os visitantes numa autêntica floresta de imagens que se desdobram entre reflexos, transparências e múltiplas projeções. O segundo polo da exposição centrar-se-á no diálogo criativo entre Godard e Oliveira, tendo por foco dois filmes. De facto, poucos saberão que a obra Film Socialisme de Godard (apresentada no Festival de Cannes em 2010), é uma resposta direta a Um Filme Falado de Manoel de Oliveira (estreado em 2003, no Festival de Veneza). Num e noutro caso, os filmes decorrem a bordo de navios em cruzeiro pelo mediterrâneo, berço da civilização ocidental, sendo, também nos dois casos, as situações aí retratadas uma crítica da EXPOSIÇÕES

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