PLANO DE ATIVIDADES 2024

163 vídeos, áudios, imagens, artefactos, entrevistas, artigos de jornal e críticas. Este arquivo integra ainda uma parte substancial da história das artes performativas portuguesas, nomeadamente a partir das obras do seu fundador, entre as quais destacamos, Retrato da memória enquanto peso morto (1990), Desejo ardente deve ser acompanhado por uma vontade firme (1995), Existência (2002), I am Here (2003) e as encenações teatrais À Espera de Godot/S. Beckett, (2000), 4:48 Psicosis/S. Kane, (2001), mas também de outros autores, como Cláudia Dias, Gustavo Sumpta e Tiago Guedes. Em 2024, este arquivo merecerá a atenção por parte da equipa de Serralves, no que diz respeito à acomodação em materiais isentos de ácidos, à digitalização de alguns materiais obsoletos que fazem parte do arquivo (como VHS e Beta Cam), à organização física de acordo com as normas estabelecidas e a catalogação documental segundo as normas arquivísticas. Acervo Carlos Alberto Cabral Trata-se de um conjunto ímpar de cerca de 1250 documentos arquivados com particular rigor pelo segundo Conde de Vizela, Carlos Alberto Cabral, doados à Fundação de Serralves pela sua família. A partir deste arquivo composto por correspondência, orçamentos, faturas, desenhos de projetos, fotografias, contratos e notas pessoais é possível conhecer a história da construção da Casa de Serralves, do jardim e da quinta no início do século XX. Estão reunidos documentos de figuras incontornáveis da história da arquitetura europeia, do paisagismo e das artes decorativas como Jacques Gréber, René Lalique, José Marques da Silva, Émile-Jacques Ruhlmann, entre outros. Arquivo Fotográfico e Arquivo de Material Gráfico Através da sua Biblioteca, a Fundação de Serralves disponibiliza itens do seu arquivo de imagem, que inclui registos fotográficos do seu património imóvel, das exposições e demais atividades aí desenvolvidas e de obras da Coleção de Serralves. A Biblioteca disponibiliza ainda a pesquisa e dos materiais gráficos produzidos no âmbito das atividades da fundação. Arquivo Alternativa Zero Alternativa Zero: Tendências Polémicas da Arte Portuguesa Contemporânea foi uma exposição organizada em 1977 por Ernesto de Sousa (Lisboa, 1921–1988) na Galeria Nacional de Arte Moderna, Belém (Lisboa). A sua relevância no contexto da arte portuguesa, e especificamente a sua importância para a narrativa proposta pela programação e coleção de Serralves, está bem patente no facto do Museu de Serralves ter organizado vinte anos depois a exposição Perspectiva Alternativa Zero (1997) e na quantidade de artistas que nela participaram por ele amplamente expostos e colecionados (Alberto Carneiro, Ana Hatherly, Ângelo de Sousa, Ana Vieira, João Vieira, Helena Almeida, Julião Sarmento, António Sena, Albuquerque Mendes e Noronha da Costa são apenas alguns exemplos). A integração do arquivo da exposição (correspondência entre o curador e os artistas, desenhos dos projetos apresentados na exposição, algumas obras patentes, material gráfico de divulgação, etc.) na Coleção de Serralves em 2022 permite à Fundação ampliar as formas de contar as histórias da arte portuguesa dos últimos 60 anos, tornando-a simultaneamente um local imprescindível para todos quantos a queiram estudar em profundidade.

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