ARTES PERFORMATIVAS Serralves afirma-se, há muito, como um polo de referência na divulgação e desenvolvimento da arte contemporânea no nosso país. Uma arte contemporânea que se encontra hoje “sitiada” por uma profunda crise a nível mundial com origem nos temas incontornáveis da guerra e das alterações climáticas. Nesse contexto, o jazz e a improvisação livre que irão povoar a 33ª edição do Serralves Jazz no Parque impõem-se como urgentes, elementos abstratos numa estratégia criativa de resistência à não-mudança. Elementos que promovem os valores cada vez mais fundamentais da emoção, diversidade, aventura e, acima de tudo, liberdade. Com um histórico de programação que procura estimular o interesse e o conhecimento de públicos de diferentes origens e idades, apresentando muitos dos nomes mais relevantes do jazz criativo nacional e internacional, o Jazz no Parque dá continuidade a uma estratégia de crescimento, procurando afirmar-se como evento incontornável na agenda artística dos meses de Verão. Para isso, continuamos num processo contínuo de exploração e pesquisa sonora procurando identificar quais os artistas e projetos mais relevantes do momento, aqueles que, não sendo necessariamente os mais visíveis, melhor representam as energias que se vivem na atualidade. De Charles Lloyd a Mette Rasmussen, de João Barradas a Luke Stewart ou Susana Santos Silva, notáveis músicos que já passaram pelas anteriores edições do Jazz no Parque, procuram-se instrumentistas inovadores, artistas que ultrapassam as fronteiras estilísticas do género com as suas visões pessoais focadas num discurso próprio, urgente, poético e vital. Jazz no Parque JUL 2024 33ª Edição
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