Transdisciplinar e representativa da mais recente criação contemporânea, a programação de Artes Performativas continuará a repartir-se por grandes áreas disciplinares: as diferentes vertentes da nova música e da experimentação sonora, a dança contemporânea e a performance, além da habitual edição do Jazz no Parque. São pontos fortes da programação o Ciclo alargado e dedicado à obra da jovem coreógrafa e performer Teresa Silva, uma das artistas mais originais na dança e performance em Portugal. Este Ciclo incluirá obras a solo, peças colaborativas e improvisações para além da exibição de filmes, numa parceria que envolverá o Rivoli- Teatro Municipal e os Estúdios Victor Córdon. Destaque ainda para uma programação intimamente ligada às exposições do Museu de Arte Contemporânea com a apresentação de conferências-performance, peças teatrais, cinema e música e instalação, numa relação com a exposição Pré-Prós declinações visuais do 25 de Abril (1972-1976) e a ativação por um coletivo de performers de um núcleo de dispositivos efémeros, constituídos por objetos e matérias vitais, integrantes da exposição do artista visual Francisco Tropa. A programação de música estende-se a vários campos. Lorenzo Senni, um dos nomes emergentes do panorama internacional da eletrónica propões um novo projeto que envolve performance musical e fotografia. Destaque também para o concerto que Peter Broderick dedica à música de Arthur Russell, um nome fundamental da vanguarda nova-iorquina dos anos 1980/90, notável pelos cruzamentos fluídos que estabeleceu entre a composição de raiz académica e o universo da música pop. O coletivo Tutto Questo Sentire propõe um projeto de instalação habitado por performances e projeções de filmes que permitirá a imersão no universo estético que têm vindo a desenvolver ao longo de anos recentes. Da programação estruturante salienta-se a 10ª Edição do O Museu como Performance, centrado na importância crescente da Performance na arte contemporânea e na sedimentação da história de Serralves como lugar incontornável do cruzamento entre as artes visuais e as artes performativas. De sublinhar, o projecto performativo intitulado, Homem com M grande, do artista João Fiadeiro, que toma como pretexto as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 para investigar e apresentar a sua estória pessoal, relacionando-a com a estória do país, a partir do cruzamento do espólio da sua mãe com o seu acervo artístico, doado à Fundação de Serralves, em 2021. Em 2024, propõe-se também consolidar parcerias institucionais através da apresentação de performances programadas com instituições congéneres e entidades nacionais e internacionais. Nas artes performativas, distingue-se novamente a colaboração com o Rivoli e Campo Alegre, teatros municipais do Porto, através da apresentação da performance” Dark Filed Analysis”, do importante coreógrafo e performer sueco Jefta van Dinther e a estreia absoluta de “Fio”, de autoria da jovem artista Inês Campos, no contexto do 8º FESTIVAL DDD – Dias Da Dança. Em julho, como é habitual, Serralves apresentará a 33ª edição do Jazz no Parque. A programação será novamente da responsabilidade do músico e crítico Rodrigo Amado e manterá o perfil de uma oferta original e alargada, reunindo novamente músicos nacionais e estrangeiros. PANORAMA
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